Puramente pessoal...

Desabafos, pensamentos, idéias, pulgas e mais um pouco desta cabeça que não me deixa em paz.

Curioso?
Maíra
Atriz, diretora, oficineira, educadora, cantora... Pessoa.

terça-feira, novembro 15, 2005

Andei pensando: para algumas pessoas um blog é um local de escrita profissional. Não sou uma escritora, portanto não esperem muito de mim.
Assim é fácil, né?! Nivela por baixo que não dá nada, se sair algo que preste será surpreendente. Que mania de fazer as coisas avisando que vai ser ruim. Isto só demonstra uma auto-estima baixa e provoca piedade. Penso que podemos nos dar a chance de tentar, sem julgamento. Não pretendo produzir maravilhas dramatúrgicas daqui pra frente, publicar um livro, virar um sucesso de vendas. Pronto! Só ratifiquei o que escrevi antes. Difícil.

Bom, sei que hoje troquei o chuveiro do meu ap e, juntando com as coisas que tenho feito (e que não tenho feito) só posso dizer: homem pra quê?
Tá, tô brincando, sei muito bem pra quê... Mas tô enchendo o saco. Não pretendo mudar de time, mas começo a entender por que minha mãe é feminista, afinal ela resolve muito mais coisas que muito homem por aí. Se hoje eu esperasse pelo meu irmão, ou até pelo meu pai, tava ferrada, banho frio até sei lá quando. Com isto, vejo que não sou uma pessoa fácil de se conquistar e manter. Já tive vários namorados e amei alguns, só que o fato de estar solteira agora deixa bem clara a minha tendência. Acho que tem que ser alguém muito afim, ou que me trove muito bem, hihi. Que se antecipe a mim, que me leve de modo que eu não perceba, que vá aonde eu for e além, que queira mais de si, do outro e da vida, que saiba que pode, que veja os meus olhos, não as minhas palavras, que se ame muito para eu amar também, "é só." Hahaha....

Enfim, estou precisando me amar.

domingo, novembro 06, 2005

Osmose

Rancor. Esta é a palavra em voga na minha turma. "As pessoas tem que crescer, guardar rancor não faz bem". Rancor: ódio oculto e profundo. Acho que a própria palavra remete à infância, portanto, usá-la também pode ser uma atitude infantil. No meu caso, acho que não é bem isso. Mágoa é mais próximo dos sentimentos que tenho por aquelas pessoas que decidi tirar da minha vida (visto que me faziam muito mal, acho que estou no meu direito) ou apenas, nada.
Sofro de um mal que define um pouco meus motivos: osmose. Não sei se isto existe, mas acontece comigo: se convivo muito com uma pessoa, começo a ficar parecida com ela. Tem uma teoria, comprovada já, que diz "a criança aprende por imitação": bem, não sou mais criança, mas tenho esta peculiaridade. Observo muito tudo e todos ao meu redor e acho que, assim, acabo por repetir atitudes e até mesmo palavras dos seres que habitam meu dia-a-dia. Creio que mais gente passa por isto e não digo que sou privilegiada, diferente ou especial, mas acho que percebo mais rápido, OU só incomoda a mim.
Fato é que quando alguém extrapola minha paciência (ou tolerância) agindo de uma maneira com a qual não concordo, me acho no dever, sim de me afastar desta pessoa, pois posso vir a me comportar exatamente como ela , mais tarde. Não que seja a melhor solução, penso que é a mais responsável. Evita sofrimento. Tá, pode ser auto-super-proteção (uh), e daí, me reservo este capricho, ponto.
Quanta justificativa! Então lá vai mais uma: tenho topado com algumas destas criaturas e começou a me incomodar o fato de pensarem que possa ser rancor, quando não é! Só não quero ser como elas. Acho-as desprezíveis? SIM.
Olha é difícil tomar uma atitude assim, tanto que foram pouquíssimas as que tomei. Mas, se quer saber, não me arrependo. Fodam-se! Minha própria vida já dá trabalho demais.
Lavada, agora está como nova, minha alma.
Bjim!
P.S.: Não é falta do que fazer, não! É necessidade.

sábado, novembro 05, 2005

Não é problema meu!

Ainda a história da vida adulta.
Tava conversando com a Ur e ela me disse que pensando em mim, chegou à conclusão de que eu cresci muito rápido. Quer dizer, tomei responsabilidades muito cedo. E digo tomei pq parte me deram, mas parte me senti na obrigação. Acho que infância e adolescência mesmo naum tive. "Oh pobre de mim!" Naum, naum é isso: a consciência de que eu era uma criança é o que nunca tive, sempre lidei com tudo com a carga de uma pessoa que errava e tinha que arcar com as consequências. Arrogante, petulante, isto eu sempre fui. Discutia como se soubesse exatamente o que fazer, decidia minha vida. Comecei a pensar nisso quando li no blog dela algo como "maioridade".
Agora estou começando a me considerar uma filha: a irmã do meio e coisas assim. Um profissional me disse esses dias que, já que eu naum podia ajudar quem estava à minha volta, pq afinal naum podemos ajudar quem naum quer ser ajudado, que eu voltasse esse cuidado, essa sensibilidade para mim mesma. Chorei uma semana, mas acho que finalmente aceitei. É estranho pensar em naum ser responsável pelos erros das pessoas que estão à sua volta. "Não é problema meu!" é a frase mais linda, divertida e leve atualmente na minha vida.
Relaxar é minha meta (com relação à minha família e meus amigos) sempre que possível! =)
UHUUUUUUUUUUU! É praticamente uma alforria.

Prometo ser mais legal com todos.
Bjim!