Puramente pessoal...

Desabafos, pensamentos, idéias, pulgas e mais um pouco desta cabeça que não me deixa em paz.

Curioso?
Maíra
Atriz, diretora, oficineira, educadora, cantora... Pessoa.

sexta-feira, junho 17, 2011

Cachoeira...

"as coisas mudam quando a gente começa a observar de outro ângulo. por exemplo: você vive a vida esperando um grande amor, arrebatador... mas por que não viver a sua vida, pensando que alguém espera por você, mas você tá meio sem tempo e precisa realizar outras coisas, mas a pessoa tá lá, tá te esperando. bá a vida da gente muda sabe..."


Esse foi o comentário de um amigo no FB. Nunca caiu tão bem. Aliás, é um dia de coisas lindas nos momentos certos. Recebi outro link de um vídeo muito delicado:


http://www.youtube.com/watch?v=0N4BBuXhIiU


entre uma conversa e outra com minha irmã, exatamente sobre isso.


Fazia tempo que a vida não dava sinais tão fortes e arrebatadores de como as coisas são, ou como podem ser. Muitas coisas surreais acontecendo, parece que novamente tomei o barco aquele, em que tu enxerga apenas até a beirada da cachoeira, e não tem mais volta. Só vai.


E eu vou.

domingo, dezembro 12, 2010

Das alegrias tristes....

Estive tão feliz nos últimos dois meses que me afastei daqueles sentimentos tristes que me habitavam. Mas se volto aqui é porque eles voltaram também. 
De uma forma avassaladora.
E não tenho tempo agora pra pensar nisso. Mas é simplesmente inegável.

Vinha pensando esses dias todos como as coisas estavam indo bem. E sempre que isso acontece, uma notícia triste me esmaga, como a um inseto.

Ontem foi o encerramento da Mostra da Unisinos, e eu estava em dois curtas esse ano. O debate foi com o Gustavo Spolidoro, a quem admiro muito. E foi tão bom. Ele foi bastante crítico mas muito coerente e pontual nas questões. Me rendeu um elogio "bah, que linda aquela guria, com a fumaça saindo da boca e passando pelo rosto, nariz...". Fiquei feliz, foi ideia minha esse momento. E a guria era eu o/...

Depois fomos jantar com os meninos do grupo Cantarte (paraguaio) de quem estive fazendo a luz sexta, a convite do Vocal 5, que organizou e se apresentou com eles, em retribuição à recepção que tiveram por lá ano passado. Foi lindo. Eles me emocionam sempre, e os paraguaios eram fantásticos.
Sair para jantar e dançar com eles foi um presente nesse fim de semestre enlouquecido.
Então recebo a ligação da minha irmã avisando da missa de um ano da Te. 
Me caiu como uma bomba.

As coisas não andam fáceis, mas tenho sido feliz de novo. Trabalho sempre me deixa assim.

E com tanta coisa a comemorar, me sinto sozinha. Não posso fazer aquela ligação que sempre me deixou feliz nessas horas.
Querendo ou não, queremos agradar a nossos pais. Minha mãe nem sempre sabe do que estou falando e nunca está contente com meus resultados. Meu pai ficava... E me levava pra comemorar ainda...

Eu sei que ela trabalha muito e que está sempre envolvida com outras coisas, justamente para nos dar o que precisamos. Não quero julgá-la. Só sinto falta dessa atenção especial. Parece que não faz diferença.

Definitivamente sinto a falta deles, porque a Te cuidava de mim como meu pai...

E hoje celebramos sua ida, seu descanso. 

Que fiquem em paz, onde estiverem.

quinta-feira, junho 03, 2010

Horas

É nessas horas que sinto a falta deles...
Quando é noite...
Queria poder ligar ainda pra um dos dois, trocar uma ideia, ouvir um sorriso e palavras íntimas...
Sentir o abraço, mesmo que de longe.
Meu pai sabia o que estava acontecendo só de ouvir o meu silêncio.
A Te me dava tanto carinho, gratuitamente, em cada palavra...
Ela compreendia o que é estar longe da família, tentando dar rumo à vida.
Tomar decisões difíceis... Dizer "espera que vai dar"...
Ela lia a gente de uma forma tão bonita...
Eu abraçava meu pai por baixo do braço, com a cabeça sobre a barriga. Era tão bom...

quinta-feira, maio 27, 2010

De repente, todas as saudades do mundo bateram em mim.
Do meu namorado, que mora em outra cidade e trabalha numa terceira.
Do meu pai que já se foi, abrindo o maior buraco que já senti.
Da minha madrasta, que faz falta em cada passo que dou.
Da minha vó, que tenho medo que se vá sem eu tê-la visto de novo.
Dos meus primos, que moram longe, cresceram mas ainda são eles.
Do meu vô.
Da minha tia, que se foi justo na época em que estávamos nos entendendo.
Das viagens.
Das "Moças"
Da produção absurda que realizei na faculdade.
Da vontade que eu tinha de realizar certas coisas.
Dos abraços.
Do dormir amontoado, sem hora pra acordar.
Dos jogos de vôley no 2o Grau.
Da fogueira no ano-novo.
De ter pra quem ligar a uma hora da manhã.
Do meu prato favorito.
Do cansaço de trabalhar até a meia-noite.


Estou sendo espremida de dentro pra fora. Tem muita gente aqui dentro...


E tanto carinho dentro de mim que não tenho pra quem dar...

quarta-feira, maio 19, 2010

Ser feliz...

Estava assistindo uma entrevista com o Fabrício Carpinejar e a Cínthya Verri. Eles falavam do patético que é amar. Ciúmes e tals. É muito bom se reconhecer sem ser ruim, em algo que já aconteceu com outros. E ao mesmo tempo, essa sensação de ser compreendido, apesar de saber que fez merda, de qualquer forma.
Tenho tomado decisões sobre minha vida. Uma dela é esperar a oportunidade certa pra trabalhar e não precisar mais depender da minha mãe. Agarrar a opção certa, em vez de me lotar de trabalhos aleatórios, que quando chega o ideal, já estou comprometida.
Outra é ser feliz. Só podemos ser feliz se quisermos. Uma psicóloga me disse uma vez que não podemos ajudar a quem não quer ajuda. E sugeriu: porque não volta esse carinho todo pra ti?
É o que estou começando a fazer de novo. Relaxando e tentando levar tudo mais tranquilo.
Abri uma carta que me disse que rigidez demais, com os outros e comigo, não é o melhor caminho. Sou assim, bastante rígida e exigente em certas coisas.
 Por isso que me identifiquei tanto com a entrevista deles. Assumir o patético da cena e ser perdoado. Tem uma passagem de um  texto do Carpinejar em que ele diz:
"Levaremos mais tempo discutindo na tentativa de prevenir a discussão. A conversa durou duas horas. Duas horas sobre absolutamente nada, a não ser o medo do que não foi vivido junto. Se aliso seu umbigo, acreditará que repito um convite libidinoso com uma antiga namorada. Quanto mais a gente se entrega, maior é o pânico de estar sozinho na doação, de ser uma miragem afetiva. Tanto que após desfiar um "eu te amo tanto", não ouse nunca mais declarar "eu te amo" - é como se amasse menos. " http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br/
Acredito que parte do nosso desentendimento tem sido consequência de medos que construímos meses atrás, quando o amor ganhou uma importância que nossa ansiedade não suportou. O medo de ser julgado como sempre fomos e perder tudo de novo. O medo de magoar quando magoados. O medo de ser magoado. O medo de não ser "bom" o suficiente. De não merecer algo tão prazeroso e real. Concreto tão grande que rompeu nossos corações e criamos muros e muros de proteção. "Por favor, não seja igual aos outros".
Agora estamos esbarrando nesses medos. Dando de cara, nariz, joelho. Sem se dar conta de que a porta está aberta ao lado. É só tocar o coração.
Tocar o coração...

sábado, maio 08, 2010

Retificando..

Sempre venho aqui pra chorar. 
É verdade. 
É o que diz na plaqueta
.
Mas vou atender a um pedido e alegrar este espaço um pouco.
Fiz aniversário ontem.
Muita confusão, muitos desencontros, fui parar na festa de outro amigo aniversariante.
Conheci um monte de gente, me diverti muito.


Mas não deixei de ficar preocupada.


Às vezes, quando tudo vai mal, acabamos magoando a única pessoa que não merecia.
Foi o que aconteceu. 
Fui tosca no combinar as coisas com os amigos, e com a pessoa que me importa agora.
Não valorizei esforços, fui bastante insensível.
A auto-piedade faz isso com as pessoas. Por isso que não gosto dela. E quando me ataca, é sempre em momentos de comemoração, onde muita gente vai falar contigo, e eu acabo magoando alguém. Sempre a mais importante.
Dessa vez foi ele. Só que no meio desse processo, parece que fui acordando pra muitas coisas. Fichas despencando na minha cabeça.


Tenho levado as coisas muito a ponta de faca. A vida não tem me dado muita escolha, mas sempre há uma que não a que eu andei escolhendo.
Resolvi que vou levar mais leve toda essa bagunça. Comecei por ontem. 


Só que ele não está acreditando em mim. Às vezes é só dar um tempo pra cabeça, mas sempre fico insegura. Parece que quem vai se ferrar sou eu. Parece que quem não faz merda quando ta braba sou eu. Então o que esperar nessas horas?


Hoje, estou esperando.
Que a poeira baixe.
Que a mágoa dilua.
Que o amor fale.
E fale bem. 


Torçam por mim?

terça-feira, maio 04, 2010

Contradições

É engraçado: uma hora me quer "pra sua vida", mas não me convida pra quase nada. Avisa que não vai me seguir, que não vai mudar seu curso de vida... Ainda tem uma pá de gente antes de mim nas preferências... Desde dezembro, a única coisa que lembro de ter ganhado foi 2 hidratantes pros pés. Nem uma flor, nem um bombom acho... Posso estar me enganando...
Não sabe nem o garfo que prefiro pra comer...
Ainda rouba meu travesseiro, segue sendo grosseiro e dormindo ao meu lado...
Estou na estante esperando os intervalos ainda...
O fim de semana foi muito bom em sentido de dedicação, mas nem um pouco criativo... 
Não quero alguém que vai me tratar igual a minha família me trata...
Deboche das minhas dores, da minha profissão, dos meus amigos, das minhas ocupações...
Não vejo a hora dessa fase passar. Ninguém gosta de alguém que está reclamando o tempo todo. As pessoas confundem silêncio com mau-humor, dor com ranzinzice, dedicação com obrigação, amor com doação constante.


Quando tudo que preciso é ser amada, receber um carinho, um "oi" quando menos espero... parece que eu tenho que dizer tudo. 


Quero carinho, agora.

Isso não tem a menor graça. Tem que ser espontâneo. Talvez a pessoa não tenha o hábito ou simplesmente não olha pra fora do seu umbigo.


Acho que estou triste ainda e magoando...